novembro 25, 2013

25 semanas

E um bebê que tem horas que parece que quer escapar barriga afora, ou está treinando kung fu, lutando capoeira ou dançando balé. 
A criatura tá doidona das ideias. Nas horas de chutes mais fortes, já da até para perceber a barriga se movendo.
E agora só faltam 15 semanas!
E ainda não temos nada pronto, ai Senhor.
Acho que ainda esta semana faço o ultrassom. 

Readaptação à nova (antiga) cidade:
No dia depois que chegamos, a chefe da minha sogra me chamou para conversar e me ofereceu trabalhar na loja como costureira, enquanto o bebê não chega. Lá se fazem consertos e ajustes diversos, e por estar muito perto de dois shoppings, tem bastante clientela. Eu estava bem destreinada no início, já que não chegava perto de máquinas de costura há... um bom tempo. Mas enfim, duas semanas depois, estou me adaptando bem e já peguei prática em várias coisas.
Semana passada, o Enos foi chamado numa empresa também. Começou hoje.
Assim pois, estamos os dois trabalhando, apenas 3 semanas após termos mudado sem nada em vista. 
A próxima prioridade é encontrarmos um lugar para morar. Por enquanto estamos na casa da mãe do Enos, mas estamos procurando uma casinha. Não tem sido muito fácil: já vimos lugares desastrosos onde proprietários pedem valores absurdos. Já vimos a casa do pássaro, como contei há alguns dias. Já vimos cada coisa! Mas continuamos confiando que logo vamos encontrar a casinha do jeito que necessitamos e que caiba no nosso orçamento.

E assim vai, a nossa vida esta semana.

novembro 21, 2013

Indo visitar o médico

Tirei um tempinho para ir ao médico hoje.
A princípio ia no posto aqui do bairro, mas pensando bem, iriam fazer meu cadastro, querer comprovante de residência (que não tenho ainda) e vir me visitar porque é pura frescura assim funciona o sistema, tudo isso antes de me marcar uma consulta, e eu sou uma pessoa desprovida de altas doses de paciência.
Então fui no posto antigo, aquele que eu ia antes de ir para Palmas. Não é longe daqui, mas não é o posto do bairro. Fiz cara de sonsa e reativei meu cadastro, que já estava como provisório. Espero que a agente de saúde não decida "me visitar", pois no meu endereço antigo vão revelar que não voltei para lá.

Mas enfim né... por acaso o médico que costumava me atender estava lá hoje e não tinha mais pacientes, então me atendeu hoje mesmo. O Enos foi junto e pudemos ouvir os barulhinhos do bebê mais uma vez. Me marcaram mil e um exames (sangue, urina, e mais sangue para teste de glicemia, com o qual já estou antecipando uma das minhas famosas cenas - me impressiono fácil, pressão baixa e logo estou sendo amparada até a maca mais próxima. É, ossos do ofício).
A parte chata é que não teve jeito de o médico fazer uma requisição para ultrassom. Que já estou com 24 semanas, que só fiz 1 ultrassom e foi quando tinha 13 semanas, que ainda não sabemos o sexo do bebê, nada foi argumento suficiente. Eu não sou aquela mulher louca do ultrassom todo mês, e no início nem queria saber o sexo antes de nascer (preferia a surpresa), mas poxa vida, vai criando expectativa né? 
É tanta, mas tanta gente perguntando, desde familiares até caixa de supermercado e clientes da loja (logo conto sobre isto), dando palpite, (essa barriga redonda? Hummm, é menina! Ou: Só tem barriga! É piá com certeza! -menino, segundo o dialeto paranaense-). Assim vou ficando cada vez mais curiosa.
Além do mais, realmente fica difícil focar em nomes tendo que pensar para os dois sexos. E deve ser mais legal começar a chamar o bebê pelo nome, imagino.
(Fizemos algumas tentativas, mas ainda não há um que digamos: é este!).

Estou pensando em fazer particular mesmo. Mas é uma facadinha de 75 reais que não podemos simplesmente tirar do bolso sem pensar duas vezes, pelo menos.
Ai ai... decisões.

Ah sim. No que parecia ser a coisa mais improvável do mundo, a buchuda aqui está trabalhando. O Enos também arranjou trabalho e começa semana que vem. Deus é bom e cuida de nós em tudo.

novembro 17, 2013

24 semanas

Completaremos amanhã.

(Ou, para quem mede o tempo em dias bíblicos como eu, de por do sol a por do sol, completamos hoje já que já é noite).

Continuamos sem saber se o ser que me habita é um ou uma. Por conseguinte, continuamos sem consenso em relação a nome, assunto que concordamos em adiar até saber qual lado tomaremos.

Em consequência, também não tenho comprado mais nada. Acontece que, por uma dessas invenções toscas da sociedade em que habitamos, artigos de bebê se dividem em "menino" ou "menina", sem espaço para neutralidades de gênero. Dá vontade até de espancar certas atendentes de algumas lojas que quando digo que procuro algum artigo neutro me olham como se estivesse pedindo um elefante listrado que dance mambo. E não, não vou fabricar artigos por mim mesma porque a vida anda muito doida para me permitir semelhante luxo. Já é suficiente pensar na cobertinha de crochê na qual não encosto há uma semana, no mínimo. 

Continuamos procurando uma casinha para alugar, vulgo "um cantinho para chamar de nosso". Hoje fomos ver uma casinha aqui perto (eu, mozinho e sogra), mas não alcançamos a ver tudo: estávamos vendo o quarto, de teto baixo, quando um pássaro, uma rolinha na realidade, que pelo visto mora na casa, começou a voar e se debater contra o teto, logo acima de nossas cabeças. Pois bem, quem me conhece sabe o pavor de aves que tenho. Imagine então a cena repleta de drama, ação e aventura, de uma buchuda berrando e tentando sair do cômodo o mais rápido possível, agachada (porque vai que o pássaro se batia contra o teto e caía na minha cabeça? instinto fala mais rápido), sem ver mais nada, e logo depois tremendo enquanto mozinho e sogra corriam atrás da buchuda (porque obviamente são pessoas normais e após o susto inicial de ver um pássaro se debatendo dentro da casa, não enlouqueceram). O Enos ficou assustado por mim, coitado, porque olha, eu tremia, soluçava, pedia para todo mundo me largar (sogra tentou me abraçar para me acalmar, mas eu só queria sair da casa correndo e respirar lá fora). E por aí foi. Horrível.
Pronto, pode rir agora.
Eu ri depois. Tipo, beeem depois. 
Porque, né, é o tipo de coisa que acontece só com a pessoa que tem medo/fobia. Com outras pessoas não acontece nunca.
Mas enfim. Decidimos voltar outra hora para ver com calma, sempre que o Enos entre primeiro na casa e se certifique de que não tem mais pássaro nenhum. 
Sei lá viu? Fiquei com trauma agora. 

novembro 06, 2013

De hoje

Está frio em Curitiba. Tipo, não inveeeerno quando nevou, mas para dormir com dois edredons. E sair na rua de jaqueta de frio. E já é novembro.
(Não me queixando, mas a título de informação. Lembrando que já estamos na metade da primavera).

Bebê mexe. Chuta. Dá cotovelada, cabeçada, joelhada, dança funk (não, isso não), sei lá eu. É muito gostoso. Hoje o Enos conseguiu sentir também. Estamos uns babões e vamos ficar mais ainda.

Com a mudança e tudo mais, vou ter que mudar a lista de enxoval que tinha montado baseado em diversos sites e blogs de mães mais experientes. Passou de "eterno verão onde suamos em bicas" para "outono/inverno com temperaturas abaixo de zero". Bom que dá para tricotar e crochetar um pouquinho mais.

Se alguém tiver sugestões sobre o que funcionou/deixou de funcionar, vale a pena/não vale, aceito.

novembro 05, 2013

Hello there!

Quem quer novidades?
Lá vai:
Cansei de Palmas.
Cansei do calor.
As coisas não estavam dando certo por lá.
Arrumamos as coisas e voltamos para Curitiba. 
Fizemos uma "escala" em Brasília para visitar parentes do Enos. E para que eu conhecesse a cidade também, já que nunca tinha estado no Planalto Central. 
Bem interessante por lá, apesar de que não saímos muito. Mas deu para visitar os prédios famosos: a Biblioteca e o Teatro Nacional (só por fora), o Museu Nacional e a Catedral (ambos projetos de Niemeyer), a Esplanada dos Ministérios, Congresso Nacional etc etc. 

Me chamou a atenção o certo ar de abandono que cerca o gramado do Congresso Nacional. Sim, eu sei que qualquer protesto que surge logo ocupa aquele gramadão e faz um tremendo estrago, mas mesmo assim acho que logo que desocupa deveria ser arrumado e estar impecável, não com papéis jogados aqui e ali e placas pichadas e cheias de adesivos do MST e o que for. Igualmente a Alameda das Bandeiras, que deveria ter as bandeiras dos Estados todas identificadas e impecáveis, mas pelo contrário, algumas estão em farrapos e várias simplesmente não estão, apenas os tristes mastros vazios. 

Mas enfim.

Aí então, ontem de manhã pegamos o ônibus rumo a Curitiba, odisseia que por terra leva 24 horas. Chegamos até um pouco mais cedo do esperado, e isso porque o ônibus vai fazendo muitas paradas nas enormes lanchonetes da beira da estrada (caríssimas), de uma rede famosa. Imagine, uma pessoa grávida de 22 semanas sem muito o que fazer, parando a cada 3 ou 4 horas para um lanche nessas lanchonetes inflacionadas. Catastrófico.

Mas enfim, chegamos hoje cedinho no friozinho curitibano. Dois adultos, uma barriga, várias malas e uma caixa bem grande.
E agora mais uma vez, adaptação. 
Sempre adaptação.